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O biólogo frente aos estudos ambientais

A complexidade das questões ambientais requer o conhecimento e interação de diferentes profissionais de ramos da ciência. Os biólogos são os...

20 de julho de 2011

O biólogo frente aos estudos ambientais

A complexidade das questões ambientais requer o conhecimento e interação de diferentes profissionais de ramos da ciência. Os biólogos são os responsáveis pelos estudos do meio biótico, face às interpretações ambientais da sua área de conhecimento. O olhar do biólogo nos estudos ambientais confere aos estudos a representação adequada deste compartimento ambiental.
A atuação na diversidade de áreas e sub-áreas da biologia requer especializações da profissão, onde os profissionais habilitados  dão a sua contribuição ao ambiente analisado, interpretando-o e gerando subsídios a tomada de decisões de equipes multidisciplinares e  gestores de projetos.
O objetivo deste blog é explorar as mais diversas áreas e sub-áreas do conhecimento do biólogo  que trarão subsídios as atuações dos mesmos  na área ambiental.

De acordo com a Resolução CFBIO 227, de 18 de agosto de 2010, os biólogos poderão atuar nas seguintes atividades:

Assistência, assessoria, consultoria, aconselhamento, recomendação 
Direção, gerenciamento, fiscalização
Ensino, extensão, desenvolvimento, divulgação técnica, demonstração, treinamento, condução de equipe
Especificação, orçamentação, levantamento, inventário
Estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental, socioambiental
Exame, análise e diagnóstico laboratorial
Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo, parecer técnico, relatório técnico, licenciamento, auditoria
Formulação, coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, pesquisa, análise, ensaio, serviço técnico
Gestão, supervisão, coordenação, curadoria, orientação, responsabilidade técnica
Importação, exportação, comércio, representação
Manejo, conservação, erradicação, guarda, catalogação
Patenteamento de métodos, técnicas e produtos
Produção técnica, produção especializada, multiplicação, padronização, mensuração, controle de qualidade, controle qualitativo, controle quantitativo;
Provimento de cargos e funções técnicas.

Os biólogos que desejam atuar em Meio Ambiente e Biodiversidade podem atuar nas seguintes áreas e sub-áreas da biologia (Art. 4º):

Aquicultura: Gestão e Produção
Arborização Urbana
Auditoria Ambiental
Bioespeleologia
Bioética
Bioinformática
Biomonitoramento
Biorremediação
Controle de Vetores e Pragas
Curadoria e Gestão de Coleções Biológicas, Científicas e
Didáticas
Desenvolvimento, Produção e Comercialização de Materiais,
Equipamentos e Kits Biológicos
Diagnóstico, Controle e Monitoramento Ambiental
Ecodesign
Ecoturismo
Educação Ambiental
Fiscalização/Vigilância Ambiental
Gestão Ambiental
Gestão de Bancos de Germoplasma
Gestão de Biotérios
Gestão de Jardins Botânicos
Gestão de Jardins Zoológicos
Gestão de Museus
Gestão da Qualidade
Gestão de Recursos Hídricos e Bacias Hidrográficas
Gestão de Recursos Pesqueiros
Gestão e Tratamento de Efluentes e Resíduos
Gestão, Controle e Monitoramento em Ecotoxicologia
Inventário, Manejo e Produção de Espécies da Flora Nativa e Exótica
Inventário, Manejo e Conservação da Vegetação e da Flora
Inventário, Manejo e Comercialização de Microrganismos
Inventário, Manejo e Conservação de Ecossistemas Aquáticos: Límnicos, Estuarinos e Marinhos
Inventário, Manejo e Conservação do Patrimônio Fossilífero
Inventário, Manejo e Produção de Espécies da Fauna Silvestre Nativa e Exótica
Inventário, Manejo e Conservação da Fauna
Inventário, Manejo, Produção e Comercialização de Fungos
Licenciamento Ambiental
Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL)
Microbiologia Ambiental
Mudanças Climáticas
Paisagismo
Perícia Forense Ambiental/Biologia Forense
Planejamento, Criação e Gestão de Unidades de Conservação
(UC)/Áreas Protegidas
Responsabilidade Socioambiental
Restauração/Recuperação de Áreas Degradadas e Contaminadas
Saneamento Ambiental
Treinamento e Ensino na Área de Meio Ambiente e Biodiversidade

21 de fevereiro de 2011

Estudos da Biodiversidade e a Contribuição para a Ciência

Estudos sobre a biodiversidade vem sendo praticados por diversos técnicos de setores governamentais, não governamentais e consultores de empresas privadas, através de programas, projetos e exigências administrativas e jurídicas, para compor relatórios técnicos com finalidades de  licenciamentos de atividades degradadores, proporem ações, compensações, etc.
Contudo, estes estudos seguem para arquivos privativos e muitas das informações úteis não publicadas, se perdem por não serem somadas aos esforços de conservação, que já possuem poucos recursos para estudos da biodiversidade.
Assim, estudos florísticos, faunísticos, fitossociológicos, dentre outros exigidos em relatórios técnicos poderiam dar a sua contribuição à ciência, se  bancos de dados ligados a órgãos técnicos e científicos, fossem alimentados com as informações sobre as áreas estudadas, bem como gerar subsídios para outras não estudadas.
Notadamente, os artigos científicos objetos de pesquisas nas universidades cumprem este papel, porém, a quantidade de informações que advém dos estudos para licenciamento devem chegar como avalanche aos órgãos ambientais, dado a exploração econômica que vive o Estado em todos os seus setores, cumprindo somente formalidades burocráticas  e logo arquivadas, salvo algumas exceções de RIMAS, disponibilizados em alguns sites oficiais.
Esta postagem vem provocar uma discussão almejada em alguns fóruns de debates sobre a questão da disponibilização de informações ambientais para a sociedade como um todo, notadamente a comunidade científica e técnica, que necessitam de dados para tomar decisões para resolução de problemas ambientais cotidianos.